Teodorica Anas Bretas (26/12/99) - Fábio Bolba


Nesse momento triste,
Tento em palavras expressar o que sinto,
Queria ter o dom de um poeta,
Que em poucas escritas tudo diz.
Gostaria nesse momento,
De subir na calda de um cometa e sumir,
Mas por mais que dê asas a minha imaginação,
Não consigo fugir da realidade.
Nesse dia nublado, em que até Deus chora,
Nossa querida ‘‘fênix’’ partiu para uma longa viagem,
Deixando um olhar de saudade,
Que dificilmente o tempo conseguirá apagar.
Certeza que todos preferem fingir desconhecer,
Preferem viver de mentiras, a ter que encarar os fatos.
Mas quem sou eu? Quem somos nós?
Para indagar se foi ou não justo?
E afirmar com toda certeza,
Que se houvesse outra chance, faríamos diferente.
Vejo todos chorando,
Alguns choram com a alma, choram com o coração,
Outros mal choram com os olhos,
Como se por trás das lágrimas, aguardassem ansiosos,
O retorno à suas vidas rotineiras.
Penso como estaria se sentindo,
Toda sua vida passou tentando reunir a família,
Trazer todos para o aconchego dos seus braços,
E só na sua morte, só por esse motivo,
Todos vieram vê-la.
Mesmo que todos digam que devemos esquecer,
Que todos digam que chegou sua hora,
Na verdade não canso de repetir:
Por que ela? Porque nós? Por que hoje?
Talvez ela até queira que não choremos,
Talvez o lugar que esteja, seja bem melhor que aqui,
Mas é difícil aceitar os fatos,
Eu a queria viva do meu lado.
A única coisa que posso afirmar nesse momento,
É que nunca, jamais vou esquecê-la,
Quem sabe um dia, somente um dia, o tempo nos ensine,
E só nesse dia talvez,
Reúna força, para pedir-lhe perdão,
Caso tenha feito algo que a magoou.
Onde quer que esteja minha querida vozinha,
Eu irei te amar por toda eternidade.

                                 Fábio Bolba
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Alberico Bolba (07/04/99) - Fábio Bolba

Triste, me vejo na obrigação de pegar esta,
E tentar registrar esse momento,
Ao contrário dos outros dias, este com toda certeza,
Não será um dia feliz.
Perdemos nosso guia, nosso espelho, nosso exemplo,
Perdemos o homem que com seus atos humildes,
Ergueu tijolo a tijolo a base desta família,
Que até ontem, no olhar de todos, era inabalável.
É difícil, quase impossível,
Relembrar de alguém tão importante,
Sem que as lágrimas não percorram a face,
Sem que os atos não justifiquem a razão,
Sem que a fé não se perca no egoísmo.
 A vida nos reserva muitas surpresas,
Alegrias de fato, porém várias tristezas também,
E quando estamos perto da felicidade plena,
Obstáculos surgem, nos fazendo amolecer.
E nossas vidas certamente não terão mais tanta graça,
Sempre haverá um lugar vazio, seja na casa,
Talvez nos olhos, quem sabe no coração ou na alma,
Uma lacuna que ninguém,
Nem mesmo o tempo, preencherá.
Mas prefiro acreditar que Deus precisou de seus préstimos,
Precisou de seus sábios conselhos,
Prefiro acreditar que ele foi primeiro,
Para preparar o caminho, um cantinho,
E quando chegar a nossa vez,
Ele estará de braços abertos, na porta do céu,
Nos recebendo e nos confortando no calor dos seus braços,
Vozinho querido, sempre e para sempre vou te amar.

                                                     Fábio Bolba
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