Muros - Fábio Bolba



Muros altos que hoje tapam as visões,
Tão altos quanto o orgulho dos corações.

Muros que hoje impedem as aproximações,
Que afastam com olhares de rejeições.

Muros erguidos pouco a pouco sem ponderações,
Tijolo a tijolo sem que houvesse restrições.

Muros que escondem a vergonha das humilhações
Que cercam aquilo que queremos, mas que há proibições.

Muros que expõem as diferenças das relações,
Onde pode ser corvardia entre ovelhas, serem leões.

Muros que rodeiam e separam em nome de paixões,
Que fazem de simples ensejos, grandes obsessões.

Muros inoportunos construídos por imposições,
Que fazem dos muros da vida, muros de lamentações.


                                   Fábio Bolba
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Resquícios - Fábio Bolba


Os ponteiros continuam correndo,
Mas, o tempo insiste em não passar.

As flores dizem que a primavera chegou,
Mas, as folhas que caem secas são de outra estação.

Os olhos ainda anseiam no firmamento,
Mas, uma tempestade de lágrimas nubla o olhar.

Os raios cálidos anunciam um novo crespúsculo,
Mas, petrificado, já não bate mais o coração.

O destino completou outra imensa volta,
Mas, imóvel, a vida não saiu do lugar.

A esperança teima em manter aceso todo furor,
Mas, a chama sucumbe aos caprichos da paixão.

O futuro impõe a escolha de outro caminho,
Mas, os passos levam sempre para o mesmo lugar.

Os sonhos afiançam não haver arrependimentos,
Mas, a realidade questiona as garantias da emoção.


                                Fábio Bolba
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