A tristeza toma meus pensamentos nos braços,
Guia a imaginação na velocidade da luz,
Viajando pela imensidão num curto espaço de tempo.
Tempo este, que deixa de existir
Quando a saudade me consome.
A cruel realidade puxa meu tapete mágico,
Me atirando num precipício obscuro,
Tornando o tempo massacrante.
Tempo este, que não passa
Quando a solidão me assola.
A ilusão torna as lembranças reais,
E de olhos fechados vejo a face da felicidade,
Posso sentir o cheiro, o sabor e esqueço do tempo,
Tempo este, que só aumenta a dor
Pois a saudade me sufoca.
A distância torna a vida um calvário,
Rouba as esperanças de minha alma sofrida,
Me joga na cara que qualquer recordação se vai com o tempo.
Tempo este, que só aumenta o sofrimento
Pois a solidão me atormenta.
A saudade diz que ela ainda está no coração,
E que ali ficará tatuada, eternamente,
Revivendo os momentos daquele tempo feliz.
Tempo este, que insiste em voltar
Quando a esperança me entorpece.
A solidão se tornou uma amiga íntima,
E prometeu jamais me abandonar,
Aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar.
Mesmo que mate o tempo,
Mesmo que morra depois do fim dos tempos.
Fábio Bolba
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