Analisando o passado vivido,
Em velhas cartas de outrem a mim,
Reviro sonhos por tempo esquecidos,
Revivo amores que pareciam sem fim.
Mergulho nas lembranças da vida,
E nesse reencontro o tempo para,
Relembro cada regresso, cada partida,
Das feridas que só o tempo sara.
Rendo-me aos encantos da saudade,
No instante que a lágrima se forma no olhar,
E a chama de velhos amores me invade,
Quando cada epístola, começo folhear.
Recordo em minúcia cada sensação,
A ansiosa inquietude na forma de carinho,
O corpo que buscava o furor da paixão,
E dos amores que se perderam no caminho.
E de coração boêmio que tanto se envolveu,
Pude seguir, mesmo depois de cada tropeço,
Aprendi que o que a vida tirou, ela devolveu,
E generosa deu outra chance a cada recomeço.
Fábio Bolba
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