
De nada vale ser primavera,
Se não há aroma em tuas flores,
De que adianta sonho sem amores,
Se a vida é uma constante espera?
De nada vale ser verão,
Se não mais sinto teu calor,
De que adianta o rubor,
E a alma perdida na solidão?
De nada vale ser outono,
Se nada mais há que folhas caídas,
De que adianta haver outras saídas,
Se quero da vida um eterno sono?
De nada adianta...