Qual verso há de ter no mundo,
Que defina por fim tal inspiração,
Que faz dum pobre vagabundo,
Eloquente poeta em devoção.
Qual amante não traçaria em seus versos,
O arrebatamento súbito do amor em demasia,
Que tal afã alcançasse os confins do universo,
Sendo o sentido da paz e a razão da agonia?
Teria de externar todo fascínio do sentimento,
Enlevado fugir aos preceitos e similaridades,
Tal qual eternizasse em versos cada momento,
Descrevendo em minúcias a real felicidade.
Tecendo seus versos nas tramas da vida,
Ávido amante que vagueia em desatino,
Poeta cuja as palavras não podem ser medidas,
Que recebe em sorriso a sentença o destino.
Versos simples por singular beleza,
Que não se assemelham a tal extrema,
Tendo a perfeição dinda de sua natureza,
Do amor pelo qual nasce cada poema.
Fábio Bolba
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