É madrugada de quinta,
E o sono não me encontrou,
Passa de meia-noite e trinta,
E mais um dia se arrastou.
É frio do mês de julho,
Na madrugada apavorante,
A solidão açoita o orgulho,
O silêncio se faz redundante.
Enrolado ao cobertor no escuro,
Sufocado, entregue ao desatino,
Calado e um tanto inseguro,
Amedrontado feito menino.
O quarto um diminuto espaço,
A cama imensa continua deserta,
Na vida que falta um pedaço,
Da vida agora tão incerta.
E eu aqui deitado desamparado,
De saudade o coração se exalta,
Mais uma noite sem você do meu lado,
Não durmo sentindo sua falta.
Não durmo sentindo sua falta.
Fábio Bolba
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