Ouço o contínuo tamborilar no telhado,
Numa sintonia que compartilha minha dor,
Como se algo no céu também estivesse errado,
Como se o Deus também chorasse por amor.
Concomitante a chuva que cai lá fora,
Lágrimas copiosas invadem meu olhar,
Também chovia no dia em que foi embora,
Aquela que deixou um imenso vazio em seu lugar.
E as lembranças revivem, um a um, cada momento,
Felizes ou tristes, importantes ou por vezes fugazes,
Que narram os pormenores desse sentimento,
Que fazem sentir a presença em todos os lugares.
Saio, e vejo o nubloso céu se verter em prantos,
E suas lágrimas incessantes inundarem as ermas ruas,
Na chuva que se mistura às minhas lágrimas, e dói tanto,
Saber que essa dor, que essa solidão é saudades suas.
Fábio Bolba
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