Queria tê-la conhecido antes,
Há muito tempo atrás,
Bem antes de a vida nos ensinar,
Que o amor por vezes é fugaz.
Pena tê-la conhecido somente agora,
Com o coração calejado, tão sofredor,
Tão relutantemente amargurado,
Que só conheceu as dores do desamor.
Queria tê-la encontrado antes,
Quando ainda éramos aprendizes,
Quem sabe assim nenhum de nós,
Teria tantos medos ou cicatrizes.
Pena tê-la encontrado somente agora,
Com o coração tão viciado em ilusões,
Com a falsa imagem de que acreditar,
É o primeiro passo para futuras decepções.
Queria tê-la conhecido antes,
Bem no início de tua jornada,
Quando a inocência te fazia sonhar,
Em um dia viver um conto de fadas.
Pena tê-la conhecido somente agora,
Com tantas tristes histórias vividas,
Depois de tantas lágrimas derramadas,
Nas linhas da vida, escritas tão retorcidas.
Queria tê-la encontrado antes,
Antes que provasse qualquer dos dissabores,
E tê-la amado tanto e de tal forma,
Que não sofreria por falsos amores.
Pena tê-la encontrado somente agora,
Com a ferida da decepção ainda aberta,
Com tantas ressalvas em entregar-se,
Vendo na felicidade uma aposta incerta.
Queria tê-la conhecido antes,
Quando a vida não exigia coerência,
E, todavia ter estado ao teu lado,
Quando a vida cobrasse experiência.
Pena tê-la conhecido somente agora,
Depois de ter vivido tantos sofrimentos,
Queria tê-la conhecida em outra época,
Quando ainda não temia seus sentimentos.
Fábio Bolba
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